Por Adriana Dantas, Marina Nicolosi e Eloísa Gomes
A temática de ESG – sigla em inglês de Environment, Social and Governance– já se tornou uma realidade no mundo corporativo brasileiro. A sigla sintetiza os valores almejados pelos investidores, ou seja, a minimização de riscos e impactos ambientais, a atuação proativa dentro da comunidade impactada pela atividade econômica e estruturas corporativas que garantam eficiência, observância às leis, bem como às regras e políticas internas, de forma a conferir segurança aos acionistas, executivos e colaboradores.
Nesse contexto, podemos afirmar que um Compliance efetivo é essencial para garantir a robustez da estrutura de Governança. A existência de indivíduos e comitês responsáveis por conhecer e endereçar (i) a gama de riscos do modelo de negócio, (ii) as regras que direcionarão comportamentos e (iii) a implementação de procedimentos robustos capazes de minimizar intercorrências ou de identificá-las e minorá-las a tempo, são algumas das contribuições de Compliance ao pilar de Governança em ESG.
Aliado à Governança, um Compliance efetivo contribui também com as iniciativas Ambientais e Sociais de ESG, já que possibilita a mesma atenção às regras e valores nas tratativas relacionadas ao meio-ambiente e à comunidade onde se insere a companhia.
Iniciativas neste sentido devem ser implementadas de forma transparente e coerente, com controles e políticas internas, principalmente quando envolvem agentes públicos, doações e patrocínios.
Sendo assim, o papel do Compliance, alinhado à estratégia de negócios, torna-se ainda mais relevante, sobretudo para aquelas empresas que pretendem atrair investidores comprometidos.